Bernadino da Costa Lopes

Bernadino da Costa Lopes

Filho de pais humildes, o escrivão do Registro Civil Antônio da Costa Lopes e Dona Marciana da Costa Lopes, B. Lopes nasceu no dia 19 de janeiro de 1859, na vila de Boa Esperança, sede do 2º Distrito de Rio Bonito.
Com 15 anos deixou sua cidade, para ir ao Rio de Janeiro, onde ingressou no jornalismo.
Recebendo do romantismo e do parnasianismo suas influências dominantes, distinguiu-se entre os poetas dessa última corrente, filiando-se depois à simbolista. 
O certo é que exerceu viva influência literária, e seus sonetos conhecidos, celebrados e imitados - sonetos pictóricos de extremo lirismo e que "fotografam com exatidão os costumes de nossa boa gente do interior e, analiticamente penetram fundos nos arcanos de sua alma ingênua e carinhosa", na justeza dos conceitos do seu maior biógrafo, Renato de Lacerda - garantiram a B. Lopes invejável notoriedade. Boêmio a moda de sua época, ficaram famosas certas passagens de sua vida perdulária. Contudo, houve um momento que seu prestígio como poeta foi dos mais acentuados nos meios brasileiros. Os seus livros esgotavam-se com rara facilidade. Um dos estudiosos de sua obra chegou a afirmar que houve um tempo em que medrou no Brasil uma verdadeira fauna de belopeanos com a multiplicação de seus discípulos.
Consagrado como um dos maiores de sua geração, ao lado de estrelas de primeira grandeza como Raimundo Corrêa, Alberto de Oliveira e Olavo Bilac, B. Lopes foi um esbanjador de talento, cuja a obra de intensa dimensão poética inscreve-se com brilho imperecível na literatura nacional
O maior poeta riobonitense veio a falecer em 18 de setembro de 1916.