15/06/2015 21:44:47
RIO — Foi na década de 80 que Leir Moraes resolveu entrar na área do romance, depois de uma bem sucedida carreira jornalística, onde colaborou com vários veículos do Rio de Janeiro, antes da fusão com o estado da Guanabara. A sua estreia foi com o romance infanto-juvenil, “Bola de Gude”, o primeiro de uma trilogia formada ainda por “Corriola” e “Pé de Moleque”. O livro conta a história de dois meninos de diferentes classes sociais que, amigos na infância, se veem em papel de réu e acusador em um tribunal de júri, quando mais velhos. A obra foi adotada para leitura por várias escolas do Brasil. Produção independente, o sucesso fez com que a editora Ediouro comprasse os direitos autorais da obra e a editasse no Brasil e no exterior.
No campo da administração pública, colaborou com vários governos, entre eles o de Faria Lima, o primeiro da fusão do antigo estado do Rio com a Guanabara e na prefeitura de Niterói, durante todo o governo do ex-prefeito Waldenir de Bragança (1982-1988). Também chefiou a Agência Fluminense de Informações, órgão ligado ao governo do antigo estado do Rio de Janeiro. Mas a sua paixão era a cidade natal de Rio Bonito, onde fixou residência definitiva nos anos 90, morando em uma casa nos pés da Serra do Sambê, construída com os recursos da venda de “Bola de Gude” para a Ediouro.
Fundou o Clube da Poesia de Rio Bonito e era membro da Academia Brasileira de Literatura e das academias Fluminense, Niteroiense, Friburguense, Trirriense e Itaboraiense de Letras, Internacional Três Fronteiras, Uruguaiana, Internacional de Ciências Humanísticas, além do Cenáculo Fluminense de História e Letras, da União Brasileira de Trovadores, e ainda do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro e da Associação Fluminense de Jornalistas.
É autor também dos livros de poesia: “Sonetos”, “Nas Grades do Destino”, “Nos Braços do Passado”, “Breves Cantigas”, “Nada Mais” e “Céu Apagado”, além do livro de contos “Contos da Casa Apagada”.
Fonte: O Globo
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